Metodologia
O IBOPE Ambiental atesta que esta calculadora de emissões de gases de efeito estufa compreende as principais fontes de emissão destes gases e utiliza fatores emissões e outras constantes corretas e atualizadas (maio/2013). Assim, o resultado apresentado pela calculadora retrata as emissões de gases de efeito estufa correspondentes aos dados inseridos pelo usuário.
- Metodologia de cálculo da ferramenta
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Cálculo das Emissões de Automóveis
As emissões de automóveis são calculadas de acordo com os procedimentos estabelecidos pelo “Estudo de Emissões de GEE relativas ao financiamento de automóveis”, com ressalva para veículos flex (bicombustíveis). Para estes veículos, consideramos a eficiência do veículo flex baseado na proporção de uso de álcool/gasolina, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente.
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Cálculo das Emissões de Viagens Aéreas
As emissões por viagens aéreas são calculadas com base no número de viagens realizadas, na distância percorrida e na categoria da passagem (econômica, executiva, primeira classe, etc.). Para estes cálculos, foram utilizados dados publicados pela DEFRA (Department for Environment, Food and Rural Affairs do Reino Unido) de onde são obtidosos fatores de emissão para cada classe aérea dependendo da distância percorrida. As emissões podem variar devido a características específicas da aeronave e da viagem.
A principal incerteza deste cálculo se refere aos fatores de emissão de CO2, pois estes são baseados em características médias da aviação comercial da Europa.
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Cálculo das emissões de residência e escritório
Emissões provenientes do consumo de energia elétrica
As emissões pelo consumo de eletricidade são baseadas no consumo médio de eletricidade do usuário e no fator de emissão de CO2 da rede elétrica de cada região. O consumo médio de eletricidade é estimado a partir do consumo mensal informado pelo usuário (em KWh/mês) ou a partir do custo mensal de eletricidade do usuário e de tarifas médias de eletricidade de cada concessionária, conforme dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O fator de emissão de CO2 da rede elétrica representa a quantidade de CO2 emitida para produção de eletricidade. Estes fatores levam em consideração a operação de usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis em uma determinada região. Os fatores utilizados foram obtidos de fontes nacionais oficiais, como o Ministério de Ciências e Tecnologia do Brasil e o Governo do Estado do Amazonas.
Emissões provenientes de fontes para fins de aquecimento
Um procedimento similar ao de emissões provenientes do consumo de energia elétrica foi realizado para estimar as emissões pelo consumo de combustíveis para aquecimento. O consumo é estimado a partir do consumo médio informado pelo usuário ou a partir do custo mensal do usuário e do custo médio de cada combustível por região. O consumo estimado é então multiplicado por fatores de emissão de CO2 de cada combustível.
Informações sobre o preço e uso dos combustíveis para aquecimento são obtidos de fontes nacionais relevantes, como os dados publicados no Balanço Energético Nacional e dados publicados por revendedores de combustíveis.
Observação: o uso real de combustível ou eletricidade pode ser diferente do estimado pela calculadora. Diferenças na tarifa podem existir entre as médias consideradas na calculadora e os valores pagos por usuários específicos.
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Cálculo das emissões da geração de resíduos sólidos e de esgoto sanitário
As emissões pela geração de resíduos sólidos são calculadas com base nos dados do Segundo Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa - Emissões de Gases de Efeito Estufa no Tratamento e Disposição De Resíduos. A partir das informações das emissões por Unidade Federativa (UF) e da população de cada UF, foram calculados fatores de emissão expressos em toneladas de CO2 equivalente por habitante. Assim, para fins de uso da ferramenta, as emissões pela geração de resíduos são calculadas uma vez que o usuário informe a UF em que reside e o número de pessoas que vivem em sua residência.
Uma abordagem semelhante foi empregada para o cálculo das emissões pela geração de esgoto sanitário. Fatores de emissão por habitante foram calculados para cada UF. Os cálculos são feitos assim que o usuário informe a UF em que reside e o número de pessoas que vivem em sua residência.
Apesar de simplificada, esta abordagem se baseia em estudos detalhados realizados para a elaboração do Inventário Brasileiro. Além disso, tal abordagem fornece resultados consistentes com esta importante publicação, uma vez que se todos os habitantes de uma UF utilizassem a calculadora da ferramenta, as emissões totais calculadas seriam idênticas às consideradas no inventário.
Destaca-se que estas não são as únicas fontes de emissão originadas em residências ou escritórios, mas as que são consideradas de maior relevância. Outras fontes de emissão existem, como o consumo de água, alimentos e outros insumos. Estas foram excluídas por serem, geralmente, de menor impacto em termos de emissões de GEE.
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Cálculo das emissões do uso de transporte coletivo
As emissões pelo uso de transporte coletivo são calculadas de acordo com a distância percorrida pelo usuário e em fatores de emissão para cada tipo de transporte. Tais fatores são expressos em kgCO2/km.passageiro e foram obtidos do estudo “Emissões Relativas de Poluentes do Transporte Motorizado de Passageiros nos Grandes Centros Urbanos Brasileiros”, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Tal estudo realizou uma análise detalhada das condições de operação dos principais meios de transporte coletivo em grandes centros urbanos do Brasil, permitindo o cálculo de fatores de emissão de CO2.
Para calcular suas emissões, basta o usuário informar a distância percorrida anualmente nos meios de transporte coletivos considerados: ônibus, metrô e automóveis compartilhados (veículos fretados pela empresa, táxis etc.).
Observação: o usuário não deve utilizar esta seção para compensar as emissões de seu automóvel caso utilize também a seção 1 (Cálculo das Emissões de Automóveis), para evitar a contabilização dupla de emissões.
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- Metodologia Sustainable Carbon de projetos Carbono Premium
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Os projetos da Sustainable Carbon produzem créditos Premium pois além do benefício ambiental, parte do lucro adquirido é destinado a cobenefícios sociais que ajudam no desenvolvimento de comunidades. Eles dividem-se em 6 benefícios principais:
- Biodiversidade
- Água
- Educação e Cultura
- Bem-estar do trabalhador
- Comunidade
- Saúde e Esportes
Além de todas as vantagens adquiridas com o desenvolvimento do projeto, eles estão alinhados com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, contribuindo localmente para impactos globais.
Para garantir a confiabilidade e a sustentabilidade a longo prazo, os projetos disponíveis na calculadora possuem o Standard SOCIAL CARBON.
O SOCIAL CARBON foi desenvolvido pelo Instituto Ecológica e certifica projetos de redução de carbono pelas contribuições ao desenvolvimento sustentável. O Standard é considerado complementar para cobenefícios e não inclui critérios específicos para as reduções de emissões, acompanhando sempre um standard do tipo (VCS, CDM, CAR, etc). Em conjunto, demonstram os requisitos rigorosos utilizados para gerar reduções reais, adicionais e permanentes.
Seis aspectos são medidos individualmente e gerando o hexágono característico do Standard: carbono, biodiversidade, social, financeiro, humano e meio ambiente. Estes recebem notas, que vão do pior cenário (nota 1) ao ideal (uso sustentável de recursos – nota 6)
A partir de ferramentas analíticas, as condições sociais, ambientais e econômicas das comunidades afetadas pelo projeto são avaliadas e monitoradas. As comunidades atuam ativamente na avaliação, participando de ações do projeto e recebendo benefícios com as vendas de créditos.
O foco na sustentabilidade a longo prazo é o diferencial dos projetos que contam com o standard. Ele é independentemente validado de acordo com cada período de monitoramento do projeto para encorajar o progresso e garantir melhorias contínuas.